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Ladrão é julgado e condenado dando nome de outra pessoa

O apucaranense Fernando Gomes Galvão, 28 anos, vive uma daquelas situações que parecem ter saído de um roteiro de TV. Sem ter sido sequer citado pela Justiça, ele descobriu que foi condenado a 2 anos e 3 meses de reclusão por furto qualificado. Pior, e

Da Redação

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Advogadas Ariane Carine Ramos e Fabiane Batilieri vão entrar com uma ação de reparação contra o Estado
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Advogadas Ariane Carine Ramos e Fabiane Batilieri vão entrar com uma ação de reparação contra o Estado
Escrito por Da Redação
Publicado em 22.03.2011, 11:24:00 Editado em 27.04.2020, 20:49:30
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O apucaranense Fernando Gomes Galvão, 28 anos, vive uma daquelas situações que parecem ter saído de um roteiro de TV. Sem ter sido sequer citado pela Justiça, ele descobriu que foi condenado a 2 anos e 3 meses de reclusão por furto qualificado. Pior, está respondendo a três inquéritos policiais por crimes semelhantes.

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A condenação, que correu na 2ª Vara Criminal de Maringá, transitou em julgado em dezembro de 2008. Já os inquéritos estão em andamento em Curitiba.


Depois que ficou sabendo da condenação - ele recebeu uma carta da Justiça Eleitoral informando que teve seus direitos políticos cassados -, o personal trainer começou a investigar e descobriu que não tinha sido confundido com alguém com o mesmo nome dele, mas foi vítima de uma fraude. Um amigo de infância, ao ser preso, se passou por Galvão, dando informações como data de aniversário e nome dos pais.

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“Custa-nos acreditar que só com base nessas informações, sem apresentar nenhum documento, ele tenha sido julgado”, afirma a advogada Ariane Carine Ramos, que representa o apucaranense junto com Fabiane Batilieri Costa. O ‘impostor’ chegou inclusive a cumprir pena em nome de Galvão e atualmente encontra-se preso no minipresídio de Apucarana, novamente pelo crime de furto, mas agora com o próprio nome.


Galvão afirma que antes de ter recebido a carta já tinha tomado conhecimento da fraude. Segundo ele, membros da igreja que frequenta é que descobriram o processo. “Um amigo meu ficou sabendo, ficou chateado de falar comigo e contou para o pastor, que me procurou”, diz.


Segundo ele, sua esposa chegou a ir até a 2ª Vara Criminal de Maringá para explicar o ocorrido e apresentar documentos.

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A confusão causou uma série de problemas para o personal trainer. “Meu casamento quase acabou, muita gente começou a desconfiar de mim”, afirma.


Para corrigir a situação, suas advogadas terão que entrar com um processo de revisão criminal para retirar a condenação do nome de Galvão. Elas também devem oficiar as delegacias de Curitiba onde correm os inquéritos. “Também vamos entrar com uma ação de reparação contra o Estado pelos danos trazidos ao nosso cliente”, afirma Fabiana.

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