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Comissão da Verdade de MG diz que provavelmente JK foi morto

CAROLINA LINHARES BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - O relatório da Comissão da Verdade em Minas Gerais, divulgado nesta quarta-feira (13), afirma ser provável que o presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976) tenha morrido em um atentado político. Em 2014

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.12.2017, 21:00:00 Editado em 13.12.2017, 21:00:13
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CAROLINA LINHARES

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BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - O relatório da Comissão da Verdade em Minas Gerais, divulgado nesta quarta-feira (13), afirma ser provável que o presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976) tenha morrido em um atentado político.

Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade concluiu que a morte foi acidental, discordando das comissões da verdade da cidade e do Estado de São Paulo, que apontaram ter havido assassinato.

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Os membros da comissão mineira compararam os estudos das três comissões anteriores para concluir que "com as pesquisas e investigações realizadas até hoje permanecem controversas e pouco claras as circunstâncias" da morte de JK e de seu motorista.

Em agosto de 1976, o Opala conduzido por Geraldo Ribeiro, motorista de JK, bateu em uma carreta em Resende (RJ), no trajeto do Rio a São Paulo. Os dois morreram no local. No período militar, Juscelino teve seu mandato de senador cassado, viveu no exílio e chegou a ser preso.

"Considerando o contexto da época, as distintas contradições das avaliações periciais, os depoimentos e pareceres jurídicos pode-se afirmar que é plausível, provável e possível que as mortes tenham ocorrido devido a atentado político", diz o relatório.

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A Comissão da Verdade de Minas, criada em 2013 para investigar violações de direitos humanos no Estado entre 1964 e 1988, trata ainda de outros políticos mineiros presos e torturados durante a ditadura militar (1964-1985).

O relatório anexa fichas do Dops (Departamento de Ordem e Política Social) da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT).

Eles estiveram presos em Juiz de Fora (MG) por integrarem movimentos estudantis. Além da repressão a estudantes, a comissão detalha desaparecimentos, mortes e tortura. Em mais de 1.700 páginas, o relatório conta, por exemplo, como a Guarda Rural Indígena, criada em 1969 e formada por índios, serviu para reprimir os próprios indígenas, que eram levados ao Reformatório Krenak, em Resplendor (MG), e à Colônia Agrícola Indígena Guarani, em Carmésia (MG), por cometerem supostas infrações.

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Como não tem poder de Justiça, a comissão faz uma série de recomendações a órgãos estatais para dar publicidade às pesquisas, homenagear vítimas e responsabilizar os agentes da ditadura.

"As recomendações são para que o Estado possa mitigar setores que ainda praticam a violência institucional, como as ações policiais", afirma Robson Souza, coordenador-geral da comissão.

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