Temer passa por nova cirurgia urológica em SP

JOELMIR TAVARES

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente Michel Temer passou, na tarde desta quarta-feira (13), por um procedimento cirúrgico urológico no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Ele deu entrada com um quadro de dificuldade urinária e diagnóstico de estreitamento uretral, segundo informações do hospital e da Presidência da República.

Foi feita uma uretrotomia interna (cirurgia por dentro do canal urinário). O procedimento é considerado simples e foi bem-sucedido.

Inicialmente se informou que o tempo necessário para recuperação seria de até 48 horas, mas no início da noite a Presidência comunicou que Temer retornará a Brasília já nesta quinta-feira (14), "com liberação da equipe médica que o acompanha".

As duas notas do Planalto foram divulgadas com cerca de meia hora de diferença.

"Ele espera ainda para amanhã [quinta] a leitura da emenda aglutinativa do deputado Arthur Maia sobre a reforma da Previdência", afirmou a Presidência.

"Somente depois disso, o presidente discutirá com os presidentes do Senado Federal, Eunício Oliveira, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a data de votação da proposta."

Em outubro, Temer havia sido submetido a outro procedimento urológico no hospital, uma cirurgia de raspagem de próstata.

O crescimento da glândula, que levou à necessidade da intervenção, é comum em pacientes da idade dele, que tem 77 anos.

O presidente seguia sob observação na noite desta quarta. Ele estava sendo atendido por equipes coordenadas pelo cardiologista Roberto Kalil Filho e pelo urologista Miguel Srougi.

Os compromissos da agenda do presidente em Brasília nesta quarta, que inicialmente iriam até o fim da tarde, foram cancelados assim que ele embarcou para São Paulo.

A posse do deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) como ministro da Secretaria de Governo, que estava prevista para esta quinta em Brasília, pode ser adiada.

A intenção inicial do peemedebista era viajar a São Paulo para os exames apenas na sexta-feira (15), mas, de acordo com a equipe presidencial, ele resolveu antecipar a ida por recomendação de Kalil.

Ele já havia passado por avaliações nos últimos dois dias em Brasília, se queixando dos sintomas da obstrução uretral, que causa dores na hora de urinar.

No final de novembro, o presidente foi submetido, também no Sírio Libanês, a um procedimento para desobstruir três artérias.

O peemedebista fez uma angioplastia em três artérias coronárias, com implante de stent -dispositivo que possibilita melhor circulação no sangue.

Antes disso, no começo de outubro, presidente passou por um quadro de obstrução parcial de uma artéria coronária, mas não precisou ser submetido a um cateterismo.