CATIA SEABRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Condenado pela Lava Jato, o ex-ministro José Dirceu conclamou militantes petistas a instituir em 24 de janeiro o "dia da revolta".
O Tribunal Federal Regional da 4ª Região marcou o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex para esta data.
O caso de Lula tem tramitado em tempo recorde no tribunal. Foram 42 dias entre a condenação e o início da tramitação do recurso na segunda instância.
Na média, os processos demoraram 102 dias da conclusão do voto do relator até o julgamento. No caso de Lula, o intervalo será de 52 dias.
Em mensagens, Dirceu afirmou, nesta quarta-feira (13), que "a hora é de ação, não de palavras". Ele sugere que se transforme em energia "a fúria e revolta, a indignação e mesmo o ódio". E pede ainda que sejam criados comitês para "desmascarar e combater a fraude jurídica e o golpe político".
Dirceu ficou preso de agosto de 2015 até maio de 2017 e conseguiu o direito de aguardar o recurso em liberdade.
Em 2016, ele foi condenado por Sergio Moro pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e organização criminosa.
O ex-ministro ainda pode recorrer da sentença em liberdade, até o encerramento dos recursos na segunda instância. A pena dele foi aumentada em setembro para 30 anos e nove meses de prisão.
O Ministério Público acusa José Dirceu de ter recebido R$ 10 milhões em propinas da empreiteira Engevix, por meio de contratos superfaturados com a diretoria de Serviços da Petrobras.
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