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Donos de foodtruck transformam praça em point gospel na capital paulista

PRISCILA GOMES SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Quando a onda dos foodtrucks chegou à capital paulista, o Recanto Verde, bairro da zona norte de São Paulo, não ficou de fora. Os hambúrgueres artesanais servidos fidelizaram não apenas moradores locais como cli

Da Redação

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Publicado em 24.02.2018, 11:00:00 Editado em 24.02.2018, 11:00:09
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PRISCILA GOMES

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Quando a onda dos foodtrucks chegou à capital paulista, o Recanto Verde, bairro da zona norte de São Paulo, não ficou de fora. Os hambúrgueres artesanais servidos fidelizaram não apenas moradores locais como clientes de bairros vizinhos. Mas não apenas isso.

Há quatro anos, a praça da vizinhança, onde funciona o negócio, se transformou em um verdadeiro “point gospel”. O forró, estilo até então predominante no local, deu lugar a louvores cantados por jovens, clipes cristãos, madrugada adentro, e a eventos evangélicos, geralmente às tardes. “Frequento aqui desde o comecinho, eles melhoraram muito essa praça, fizeram jardim, pintaram. Todos os lanches são bons, o atendimento é ótimo. Viramos até amigos. Moro no Jardim Flor de Maio e venho sempre comer o x-salada. Já cheguei a trazer 15 pessoas para comer aqui”, elogia Carlos Alberto Roverelli, 47, vendedor e cliente antigo do foodtruck. “Não moro muito perto daqui. Vivo no Vila Airosa, mas sempre venho comer o x-tudo. Eu não tomo bebida alcoólica, então tanto faz ter ou não. Gosto das músicas que tocam. O ambiente é agradável”, elogia Jean Pereira Silva, 23, azulejista.

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No Kareca’s Food, ou o popular “point gospel”, um x-tudo é vendido por R$ 22, a barca custa R$ 35 e o dogão, R$ 12.

Em busca de algo novo para empreender, a sócia-fundadora Érica Galvão de Paula, 35, afirma ter trazido algo “diferente” e “audacioso” ao bairro. “Eu sempre trabalhei no ramo de alimentação e percebi que aqui na região não tinha nada assim, feito artesanalmente. Queríamos fazer algo fora do convencional e percebemos que isso faz muita diferença nos lanches. Além também de oferecer um lugar com músicas diferentes ”, conta. Érica não comercializa bebidas alcoólicas, fator que, segundo ela, não a faz temer a perda da clientela. “Só vendo refrigerantes e sucos. Meus clientes já sabem disso. Não reclamam nem pedem. No início tinham muitos pedidos, mas aos poucos o público foi se acostumando. Hoje todos sabem. Aqui vêm muitos jovens e famílias”, relata.

REFORMA E ALIANÇA COM DEUS

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Antes de iniciar o negócio, a praça local estava deteriorada, com mato alto, bancos de cimento quebrados e pichados. Aos fins de semana, era comum ver lixo descartado.

O casal revitalizou o local: pintou o chão, arrumou bancos, plantou árvores e cultivam um jardim. A praça, agora, tem acessibilidade para pessoas com deficiência física. Também há um espaço para empréstimos de livros cristãos. “Somos evangélicos, e desde o início marcamos aqui como um lugar onde faríamos aliança com Deus. Tem dado muito certo. Oferecemos lanche de qualidade em um lugar limpo, calmo e até altas horas da madrugada”, completa. Érica garante que os eventos evangélicos começaram de maneira despretensiosa, apesar de haver igrejas próximas ao local. Desde o ano passado, alguns jovens pediram para o sócio e marido de Érica, Alexandre de Paula, 44, para usar o espaço para louvar (cantar música gospel). A resposta foi imediata e positiva. “Aqui temos liberdade de cantar, levar a palavra de Deus e ainda saborear os lanches e o açaí. Usamos esse espaço durante as férias escolares, às terças e quintas, após às 16h, e tem sido muito bom. Virou um ponto de encontro”, diz uma adolescente de 16 anos que mora no bairro e frequenta uma igreja próxima.

Durante os encontros acontecem sorteios para visitantes. O “abençoado” ou “abençoada” premiado ganha o “combo aliança” — lanche, batata fritas e refrigerante.

O “point gospel” é aberto todos os dias, a partir das 16h, sem horário de fechamento. Na maioria das vezes, os lanches são servidos até alta madrugada, acompanhados de louvores.

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