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Projetos sustentáveis geram renda e melhoram qualidade de vida 

Aliar crescimento econômico e sustentabilidade é uma meta no Paraná. O Governo do Estado apoia iniciativas deste tipo e investe em projetos com características socioambientais que trazem renda, preservam o meio ambiente e melhoram a vida das pessoas no ca

Da Redação

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Projetos sustentáveis geram renda e melhoram qualidade de vida 
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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.10.2017, 13:28:00 Editado em 23.10.2017, 13:31:19
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Aliar crescimento econômico e sustentabilidade é uma meta no Paraná. O Governo do Estado apoia iniciativas deste tipo e investe em projetos com características socioambientais que trazem renda, preservam o meio ambiente e melhoram a vida das pessoas no campo e na cidade. São programas quem têm o compromisso com a qualidade de vida no presente e no futuro em áreas como mobilidade urbana, agronegócio e agricultura sustentável, energias limpas e renováveis e cidades sustentáveis.

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Entre estes projetos está o Programa Paranaense de Certificação de Produtos Orgânicos (PPCO), o único projeto público no País a orientar e capacitar os produtores, auditar e certificar a produção de alimentos orgânicos. Foram certificados 2.199 produtores paranaenses.

O programa contribuiu para que o Paraná ocupe a posição de maior produtor de orgânicos do Brasil, com produção de 130 mil toneladas de alimentos por ano, segundo o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). O Governo do Estado já destinou R$ 5,5 milhões ao projeto, valor que deve somar R$ 8 milhões com a efetivação da fase três, que segue até 2018. Os recursos são do Fundo Paraná, vinculado à Secretaria de Estado da Ciência Tecnologia e Ensino Superior.

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O coordenador da Unidade Gestora do Fundo Paraná, Luiz Cézar Kawano, explica que o Programa de Certificação de Orgânicos favorece o pequeno produtor, que recebe assistência técnica e certificação gratuita, e a população com acesso a alimentos mais saudáveis.

PARCERIA
De acordo com ele, o programa tem intensificado o apoio à comercialização dos produtos, que é hoje um dos grandes gargalos mundiais. Um exemplo é o projeto Cesta Solidária. “Nessa parceria o consumidor garante o escoamento da produção e uma renda fixa para o pequeno produtor e, por outro lado, ele vai distribuir para esse grupo de famílias um alimento saudável semanalmente. Isso também faz com que os produtos cheguem mais baratos à população”, afirma.

Cerca de 13 grupos de pequenos produtores participam do Cesta Solidária e levam alimentos a diversos pontos de Curitiba e da Região Metropolitana. Mais de 600 famílias são beneficiadas.

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Uma das participantes é a produtora e nutricionista Manoela Lorenzi, 32 anos. Ela cultiva cerca de 30 espécies de orgânicos na propriedade da família há um ano. “É uma tranquilidade saber que aquilo que estamos plantando será vendido. Além disso, esse contato direto com o consumidor possibilita atender com preço justo para a gente que cultiva o alimento e torná-lo mais acessível para quem compra”, explica Manoela.

ENERGIA LIMPA
Outra iniciativa inovadora é desenvolvida pela Copel e pretende aliar sustentabilidade e negócios na área rural. Trata-se de um projeto de aproveitamento de biogás para geração de energia a partir de resíduos animais no Oeste do Paraná.

De acordo com o engenheiro de Pesquisa e Desenvolvimento da Copel, José Roberto Lopes, como os biodigestores já são utilizados, a grande novidade deste projeto é que o biogás produzido é levado a uma central para se transformar em energia elétrica para ser vendida e retornar em forma de recursos aos produtores. “Esse modelo de negócio e todo o arranjo técnico estão sendo estudados e viabilizados neste projeto”, afirma.

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O programa interliga 19 propriedades suinocultoras do município de Entre Rios do Oeste por meio de uma rede coletora de biogás com 22 quilômetros de extensão, que já tem ampliação prevista para cerca de 110 quilômetros ao final do projeto.

Lopes acrescente que o uso da biomassa residual para geração de energia evita que o gás carbônico e o metano gerados pela degradação natural dos resíduos sejam lançados na atmosfera. Apenas os rebanhos confinados são responsáveis pela emissão de 71,3 milhões de toneladas equivalentes de CO2 todos os anos.

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“A principal vantagem é a questão ambiental, já que ao se produzir porcos, frangos ou gado confinado é gerada uma biomassa que precisa ser tratada, caso contrário, esse resíduo polui o lençol freático, a terra e os rios.

Ele acrescenta que o projeto prevê criar duas fontes de renda para o produtor: o biogás, que sai desse processo de decomposição por meio do biodigestor, e o resíduo que sobra desse processo, que pode ser transformado em adubo orgânico.“A venda desse biogás e do biofertilizante vão gerar uma renda extra e tornar viável o tratamento dos resíduos, sem que o produtor tenha que colocar o preço desta etapa na carne que ele produz”, explica Lopes.

O programa de pesquisa tem uma duração de 36 meses e está na metade da execução. Apenas na região de Entre Rios poderá ser estendido para 60 pequenos agricultores.

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(BOX)Programas favorecem tecnologias verdes e mobilidade urbana

Com a intenção de acelerar o desenvolvimento de negócios sustentáveis e os pedidos de patentes de tecnologias verdes, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), criou neste ano o programa Incubação Verde, pertencente a Incubadora Tecnológica do Tecpar (Intec).

O programa apoia o desenvolvimento e a criação de negócios inovadores e criativos com o uso de tecnologias sustentáveis, além de ofertar infraestrutura inicial para esses projetos e sensibilizar empreendedores e empresários quanto à sustentabilidade.

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São duas frentes de atuação: nas universidades, para acelerar a transformação de pesquisa em novos produtos sustentáveis, e nas empresas, para que elas possam desenvolver na Intec projetos com tecnologias ambientais.

“A sustentabilidade ambiental e o bem-estar da população é essencial para que os negócios tenham sucesso hoje. Modelos tradicionais estão ficando para trás. A gente precisa saber inovar e o Tecpar apoia esses projetos”, diz a analista econômica da Intec, Jéssika Nassif Korontai.

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Empreendedores que queiram participar do programa de incubação do Tecpar podem se candidatar a uma vaga em uma das duas unidades da Intec, em Curitiba e em Jacarezinho.

São ofertadas vagas para a modalidade residente – quando a empresa fica nas dependências da Intec – e para a incubação não residente, quando o empresário não se instala na incubadora, mas conta com o apoio dos especialistas do instituto. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (41) 3316-3176.

QUALIDADE DE VIDA - Quando o assunto é mobilidade urbana o Paraná também avança em várias frentes. Uma delas é a construção de aproximadamente de 3 mil quilômetros de calçadas, muitas delas com ciclovia, para incentivar o uso de transporte não motorizado. O cálculo, feito pela Secretária de Estado do Desenvolvimento Urbano inclui obras executadas por meio do Calçadas Paraná, o maior programa da história do Estado voltado a este tipo de construção, além de calçadas feitas em conjunto com obras de recapeamento e de urbanização.

Todos os 399 municípios do Estado foram beneficiados – seja por meio de repasses para melhorias urbanas ou pelo programa Calçadas Paraná. De acordo com o superintende executivo do Paranacidade, Wilson Bley Lipski, as novas calçadas ajudam a desafogar o trânsito, reduzir o impacto ambiental, melhorar a saúde da população e também contribuem para a sustentabilidade.

“Toda a intervenção urbana nos municípios em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Urbano tem que incluir também as calçadas, com mais acessibilidade, arborização e melhorias que tragam conforto aos pedestres e ciclistas. A recomendação do Governo do Estado é de que as cidades estejam mais voltadas aos pedestres e menos aos carros”, diz Lipski.

No Litoral do Estado, só em Guaratuba e Matinhos, foram feitos cerca de 10 quilômetros de ciclovias e calçadas em toda a orla dos dois municípios. As melhorias urbanas custeadas ou financiadas pelo Estado também incluem nova iluminação em LED nas avenidas, pistas para caminhada, novos pontos de ônibus, faixas de estacionamento para veículos, paisagismo e sinalização. “As obras contribuíram para o deslocamento dos moradores e veranistas no acesso à praia e para o movimento do comércio”, destaca Lipski.

“Tem mais espaço para andar, a orla ficou bem iluminada, a nova ciclovia ficou ótima. Para o comércio, a abertura para circulação de carros no final de semana melhorou muito o movimento”, o gerente da Casa do Camarão, Vagno Santana,

De acordo com o prefeito de Guaratuba, Roberto Justus, além da orla nova e bem iluminada orla, as melhorias feitas pelo Estado são percebidas em todas as áreas. “Inédito todo esse apoio do Governo do Estado ao Litoral. Essa atenção reflete em todos os paranaenses, seja na qualidade de vida dos moradores ou dos turistas que visitam todos os anos as nossas praias”, afirma.

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