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Mais de seis mil pessoas enfrentam fila em mutirão de emprego em São Paulo

A busca por uma ocupação levou mais de seis mil pessoas ao Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo, durante o primeiro dia do Mutirão de Emprego, realizado nesta segunda-feira, 16, pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo. Ao todo, a iniciativa ofe

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.05.2022, 21:41:00 Editado em 16.05.2022, 21:47:27
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A busca por uma ocupação levou mais de seis mil pessoas ao Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo, durante o primeiro dia do Mutirão de Emprego, realizado nesta segunda-feira, 16, pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo. Ao todo, a iniciativa oferece mais de 10 mil vagas de trabalho, em diferentes áreas de atuação, e ocorre até a próxima sexta-feira, 20.

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Há dois anos desempregada, Roseli Cavalcante, de 57 anos, foi a primeira a chegar à fila, por volta das 19 horas do domingo. Depois de uma jornada de 12 horas fazendo bico como faxineira, ela conta que precisou enfrentar a baixa temperatura durante a madrugada na capital paulista. Apesar da situação difícil, a espera lhe rendeu uma vaga de carteira assinada em uma empresa de prestação de serviços, o que ela comemorou.

"Eu pensava (durante a noite) que estava na minha cama, dormindo, dentro de casa. Mas ao mesmo tempo eu estava precisando trabalhar e decidi tentar. Mas é doído passar a noite no meio do tempo, na friagem. Parecia que eu estava congelando ali sem uma coberta, sem nada", diz Roseli Cavalcante.

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Moradora de Itaquera, na zona leste da capital, ela conta que foi demitida em 2020 da empresa onde trabalhava como faxineira. Sem emprego, passou a fazer faxinas diárias e a vender salgados para ajudar na renda da família.

"Eu ia fazendo um bico aqui outro ali (na pandemia). Trabalhava por dia porque de vez em quando aparecia algum serviço. E ia vendendo as minhas coxinhas, porque também faço salgados. E nisso eu fui lutando, fazendo essas coisas, trabalhando por dia, levando minha vidinha assim", diz Cavalcante.

Esta é a sétima edição do mutirão e a primeira realizada após a pandemia. O número de vagas é um dos destaques positivos neste ano, avalia Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários e da UGT (União Geral dos Trabalhadores), devido ao "momento adverso que o Brasil vive".

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"Sabemos o número do desemprego no Brasil, mas quando fazemos um mutirão nós vemos a cara do desemprego. São pessoas sofridas. O brasileiro não é vagabundo, ele quer oportunidade, ele quer trabalhar. Tem algumas pessoas que vêm com a própria família. Muitas delas sem recursos inclusive para voltar para casa. Esse é um aspecto que dói", diz Patah.

Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego no Brasil ficou em 11,1% no trimestre encerrado em março deste ano. Embora o dado seja o mais baixo para o período desde 2016, a pesquisa também revela que o País tinha quase 3,5 milhões de pessoas em situação de desemprego de longo prazo, ou seja, em busca de um trabalho há pelo menos dois anos. Se considerados todos os que procuram emprego há pelo menos um ano, esse contingente sobe a 5 milhões.

As principais oportunidades de trabalho oferecidas no mutirão estão no setor de comércio e serviços, em colocações como telemarketing, operador de caixa, vendedor, repositor, padeiro, confeiteiro, entre outras.

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Segundo o sindicato, foram distribuídas 1.300 senhas de atendimento para esta segunda-feira e mais 1.200 senhas para cada um dos demais dias desta semana. Mas o presidente da instituição explica que as pessoas ainda podem se dirigir ao mutirão.

"Conseguimos mais 400 vagas no final da tarde para bares e restaurantes também e acho que vamos ofertar mais vagas ainda no decorrer dos dias. Porque como isso (mutirão) começa a ter visibilidade, temos a solidariedade de empresas que se registram no nosso site ofertando vagas", diz Patah.

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