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Dólar sobe com aversão a risco por China e antes de falas de BC e Fed

O dólar opera em alta na manhã desta segunda-feira, 11, alinhado à tendência no exterior, em meio aversão a risco com a covid-19 na China, a detecção de uma nova subvariante altamente contagiosa da Ômicron em Xangai e expansão de nova mutação do vírus, ag

Silvana Rocha (via Agência Estado)

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Escrito por Silvana Rocha (via Agência Estado)
Publicado em 11.07.2022, 09:49:00 Editado em 11.07.2022, 09:55:32
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O dólar opera em alta na manhã desta segunda-feira, 11, alinhado à tendência no exterior, em meio aversão a risco com a covid-19 na China, a detecção de uma nova subvariante altamente contagiosa da Ômicron em Xangai e expansão de nova mutação do vírus, agora na Índia. Ao mesmo tempo, a taxa de inflação medida pelo CPI chinês anual avançou 2,5% em junho, acima da previsão de 2,4%. Já o iene japonês atinge menor nível ante o dólar em quase 24 anos. Os retornos dos Treasuries recuam, após alta na sexta-feira, enquanto as commodities recuam, como petróleo, cobre e algumas agrícolas.

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O presidente do Banco do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda, alertou nesta segunda-feira sobre "incertezas muito elevadas" em relação à perspectiva econômica e reiterou a disposição do BC japonês de ampliar seus estímulos monetários, se necessário, para sustentar a frágil recuperação do país. Kuroda também reafirmou a expectativa do BoJ de que taxas de juros de curto e longo prazos fiquem "nos níveis atuais ou menores".

Os investidores locais aguardam a participação do diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, em evento organizado pelo banco Credit Suisse, às 10h, em dia de agenda de indicadores econômicos mais fraca.

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As expectativas sobre Guillen devem se voltar para alguma sinalização sobre o fim do ciclo de aperto da Selic, na medida em que as incertezas externas, a pressão fiscal, dados fortes de atividade e a desvalorização do câmbio têm trazido dúvidas sobre se será possível encerrá-lo em agosto. Por outro lado, há a defasagem da política monetária e o alívio nos preços das commodities, em especial o petróleo, nos últimos dias.

Os mercados estão avaliando, ainda, a pesquisa Focus, que saiu mais cedo. O Boletim Focus mostra que, diante das medidas de desoneração adotadas pelo governo, as expectativas para o IPCA de 2022 tiveram recuo expressivo, com a mediana saindo de 7,96% para 7,67%. Em contrapartida, 2023, ano ainda central no horizonte de política monetária, a mediana subiu de 5,01% para 5,09% - no caso das projeções atualizadas nos últimos cinco dias avançou ainda mais, para 5,20%. As medianas para a Selic não sofreram alteração para o fim de 2022 (13,75%) e 2023 (10,50%).

Os investidores locais operam atentos ainda à escalada de violência política no Brasil a menos de três meses das eleições. No sábado à noite, o guarda municipal de Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda, foi assassinado durante sua festa de aniversário de 50 anos, por Jorge José da Rocha Guaranho, agente penitenciário federal e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL). Guaranho está internado em estado grave. Além disso, a PF abriu inquérito para investigar ataque a carro de juiz que mandou prender Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação. A Justiça decretou ainda a prisão de suspeito de atirar bomba em evento petista, no Rio, na semana passada.

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Nova rodada do Instituto FSB Pesquisa, encomendada pelo BTG Pactual e divulgada nesta segunda-feira mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua liderando a corrida presidencial com 41% das intenções de voto, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição continua em segundo lugar e aparece com 32% das intenções de voto.

No exterior, o índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a outras seis divisas relevantes, opera em alta firme, ampliando ganhos da semana passada. No foco estão o presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, no Comitê do Tesouro (11h5) e o presidente do Fed de Nova York, John Williams (vota) (15h).

Às 9h37, o dólar à vista subia 1,58%, a R$ 5,3510. O dólar para agosto ganhava 1,70%, a R$ 5,380.

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