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Covid longa: estudo registra 23 sintomas mais de um ano após infecção

Metade das pessoas diagnosticadas com covid-19 apresenta sequelas que podem perdurar por mais de um ano, constatou um estudo da Fiocruz Minas, que avaliou os efeitos da doença ao longo do tempo. Dos 646 pacientes que tiveram o novo coronavírus e foram ac

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.05.2022, 16:43:00 Editado em 12.05.2022, 16:47:03
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Metade das pessoas diagnosticadas com covid-19 apresenta sequelas que podem perdurar por mais de um ano, constatou um estudo da Fiocruz Minas, que avaliou os efeitos da doença ao longo do tempo. Dos 646 pacientes que tiveram o novo coronavírus e foram acompanhados durante 14 meses pelos pesquisadores , 324 (50,2%) tiveram sintomas pós-infecção, caracterizando o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica como covid longa.

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A pesquisa contabilizou 23 sintomas após o término da infecção aguda. Fadiga, que se caracteriza por cansaço extremo e dificuldade em realizar atividades rotineiras, é a principal queixa, relatada por 35,6% dos pacientes. Também entre as sequelas mais mencionadas estão tosse persistente ( 34%), dificuldade para respirar ( 26,5%), perda do olfato ou paladar ( 20,1%) e dores de cabeça frequentes (17,3%). A Fiocruz destaca também sequelas mentais, como insônia (8%), ansiedade (7,1%) e tontura (5,6%). Sequelas mais graves foram diagnosticadas em uma minoria, como a trombose, que afetou 6,2% da população monitorada.

Os 23 sintomas reconhecidos pelo estudo são:

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dor de garganta

perda de apetite

taquicardia

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nariz escorrendo

presença de muco na garganta ou nariz

manchas vermelhas na pele

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baixa mobilidade

vertigem, tontura

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dor no peito

trombose

dores nas articulações

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diarreia

ansiedade

mudança na pressão sanguínea

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insônia

olhos vermelhos

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dor no corpo

mialgia

dor de cabeça

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perda de olfato ou paladar

dispneia

tosse

Fadiga

As sequelas relatadas tiveram início após a infecção aguda e muitas delas persistiram durante os 14 meses, com algumas exceções, como trombose que, por ter sido devidamente tratada, teve recuperação mais rápida. Além disso, o estudo constatou que sete comorbidades - hipertensão arterial crônica, diabete, cardiopatias, câncer, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica e tabagismo ou alcoolismo - tornaram a infecção aguda mais grave e aumentaram a chance de ocorrência de sequelas.

Mas não foi apenas na forma grave da doença que as sequelas se manifestaram. Entre os pacientes com a forma leve, 59,3% tiveram sintomas persistentes após o término da infecção, e entre aqueles com a forma moderada, 75,4% apresentaram sequelas. Já entre os pacientes com a forma grave, os sintomas foram relatados por 33,1%.

Todos os participantes da pesquisa foram testados por RT-qPCR e tiveram diagnóstico positivo para a covid-19. O grupo de cientisas acompanhou pacientes que procuraram atendimento entre abril de 2020 e março de 2021. Isso significa que esses voluntários foram infectados antes da vacinação em massa contra o novo coronavírus no Brasil, que começou apenas em 17 de janeiro de 2021. Estudos têm mostrado que as vacinas em uso também conseguem reduzir os efeitos da covid longa nos pacientes.

Conforme mostrou o Estadão em janeiro, centros médicos privados e hospitais públicos têm se mobilizado para montar redes de recuperação e tratamento para esses pacientes. Pelas estimativas da OMS, pelo menos um em cada cinco doentes terá sequelas da covid longa.

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