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Irmão reconhece corpo de ativista que estava desaparecido na Argentina

SYLVIA COLOMBO BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - Sergio Maldonado, irmão do artesão Santiago Maldonado, desaparecido na Patagônia desde 1º de agosto quando participava de um protesto de reivindicação de terras de um grupo de indígenas mapuche, declar

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.10.2017, 21:35:00 Editado em 20.10.2017, 21:35:09
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SYLVIA COLOMBO

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BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - Sergio Maldonado, irmão do artesão Santiago Maldonado, desaparecido na Patagônia desde 1º de agosto quando participava de um protesto de reivindicação de terras de um grupo de indígenas mapuche, declarou no fim da tarde de sexta-feira (20) que o corpo encontrado no início da semana no rio Chubut pertence a seu familiar.

"É Santiago", disse Sergio a jornalistas, acrescentando que a "Gendarmeria [polícia militar de fronteiras] é a responsável pela sua morte". Declarou, ainda, que a família espera o resultado dos estudos de DNA, mas que pôde reconhecer o irmão por meio das tatuagens e de outras marcas características de seu corpo.

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Um pouco antes, os legistas responsáveis pela autópsia disseram que esta vinha "demorando mais do que o esperado", mas que um resultado final poderia ser esperado "nos próximos dias".

A notícia surge em um momento político sensível, a dois dias da eleição legislativa que renovará metade do Congresso argentino.

O desaparecimento de Maldonado ocorreu durante a repressão, por parte da Gendarmeria, de um protesto mapuche. Testemunhas oculares declararam ter visto o artesão de 28 anos ser levado com vida pelos oficiais.

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Se esta versão se confirmar, a responsabilidade dos gendarmes pode respingar na imagem do governo Macri, uma vez que a Gendarmeria é uma força vinculada ao poder Executivo.

Desde que o ativista sumiu, marchas, protestos e pedidos pela reaparição de Santiago Maldonado ocorreram em todo o país.

Apesar dos pedidos da família de que o assunto não se politizasse, o kirchnerismo, oposição ao governo nacional, transformou Maldonado numa bandeira de campanha, afirmando que se tratava do "primeiro desaparecido político da era Macri", que usualmente comparam à ditadura argentina (1976-1983).

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O governo, até então, declarava não ter o artesão sob custódia nem nenhuma informação sobre seu paradeiro. Dizia, ainda, que os ativistas mapuche vinham dificultando as buscas, impedindo a entrada das equipes nos locais onde mantêm acampamento.

Várias buscas foram realizadas na área, em vão. Até que, na última terça-feira (17), um corpo foi encontrado a 250 metros do local da desaparição, numa área já rastreada, o que levantou a suspeita de que os restos mortais poderiam ter sido guardado em algum lugar, e depositados ali apenas recentemente.

Nenhuma autoridade se pronunciou sobre o reconhecimento de Santiago Maldonado até o momento.

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