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PIB chega a R$ 14 bilhões na região, aponta IBGE

Dos 27 municípios da região, 24 registraram aumento no Produto Interno Bruto divulgado pelo IBGE

Da Redação

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Agropecuária ajudou a melhorar desempenho econômico dos pequenos municípios
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Agropecuária ajudou a melhorar desempenho econômico dos pequenos municípios
Escrito por Da Redação
Publicado em 17.12.2022, 22:18:51 Editado em 16.12.2022, 18:19:22
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O Produto Interno Bruto (PIB) dos 26 municípios do Vale do Ivaí mais Arapongas chegou a quase R$ 14 bilhões em 2020. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O principal destaque do levantamento são os municípios de menor porte, que registraram os maiores índices de crescimento.

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O valor do PIB regional em 2020 é 1,6% maior na comparação com 2019, quando a cifra foi de R$ 13,7 bilhões. Dos 27 municípios da região, 24 registraram aumento no PIB. O principal destaque foi Ariranha do Ivaí. O Produto Interno Bruto passou de R$ 77,7 milhões para R$ 125,3 milhões, um aumento de 61,2%. Outro destaque foi Cruzmaltina, com aumento de 42,3% (de R$ 112,7 milhões para R$ 160,5 milhões). Veja no gráfico

Por outro lado, os dois principais municípios da região registram queda no PIB. Em Arapongas, a redução foi na ordem de 10,2%. Em 2019, o Produto Interno Bruto do município somou R$ 4,9 bilhões e atingiu R$ 4,4 bilhões em 2020, segundo o IBGE. Apucarana registrou queda de 3,4%, de R$ 3,4 bilhões para R$ 3,3 bilhões. Outro município que sofreu redução foi Jandaia do Sul. O PIB caiu de R$ 769 milhões para R$ 766 milhões de um ano para outro (-0,3%).

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O economista Rogério Ribeiro, professor do campus de Apucarana da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), afirma que o bom desempenho dos pequenos municípios se deve aos bons resultados ao agronegócio. “O que ‘salvou’ a atividade econômica na maioria dos municípios da região foi o valor adicionado da agropecuária. Só no Vale do Ivaí (sem Arapongas) o valor adicionado dessa área subiu 70,9%”, afirma o professor. Já o valor adicionado da indústria ficou estável em termos nominais (0,1%), mas negativo em termos reais. “Já o valor adicionado do setor de serviços caiu 6% em termos nominais e, em termos reais, a queda ultrapassa os 10%”, explica.

O professor faz uma análise separada dos 26 municípios do Vale do Ivaí, excluindo Arapongas. Nesse recorte regional, o crescimento do PIB nominal foi de 8,3%. “Mesmo considerando a inflação do período, que foi de 4,52%, podemos considerar que apresentou um desempenho positivo em termos reais”, assinala.

PIB chega a R$ 14 bilhões na região, aponta IBGE
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PARANÁ

Ao todo, 284 dos 399 municípios do Paraná, equivalentes a 71% do total, subiram novas posições no ranking nacional do PIB em 2020.

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O município de Tamarana, localizado na região Norte do Estado, progrediu 1.248 posições no ranking, passando da 2.062ª em 2019 para 814º lugar em 2020, como resultado de um PIB que cresceu de R$ 299 milhões para R$ 1,15 bilhão. O segundo maior crescimento ficou com município de Campo Bonito, localizado no Oeste, que saltou do 3.392º lugar para a 2.604ª colocação no ranking das economias municipais. Ou seja, subiu 788 posições de 2019 para 2020.

Completam a lista de 20 maiores avanços, todos com mais de 500 posições conquistadas, Rancho Alegre D'Oeste, Florestópolis, Farol, Janiópolis, Goioxim, Ariranha do Ivaí, Uniflor, Santa Cecília do Pavão, Jussara, São Jorge do Patrocínio, Ourizona, Nova Cantu, Quinta do Sol, Barra do Jacaré, Cafezal do Sul, Quarto Centenário, Prado Ferreira e Bom Sucesso do Sul.

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As grandes e médias cidades do Paraná também aparecem na lista com destaque. Londrina subiu uma posição (de 48 para 47), Ponta Grossa cresceu cinco (de 67 para 62), Toledo e Foz do Iguaçu avançara sete (a primeira de 185 para 178 e a segunda de 66 para 59), Cascavel, oito (de 88 para 80), Fazenda Rio Grande, 18 (de 404 para 386), Guarapuava, 28 (de 187 para 159), Campo Mourão, 29 (de 276 para 247), e Paranaguá, 30 (de 127 para 97). A Capital perdeu uma posição (de 5 para 6), mas segue entre as mais ricas e desenvolvidas do Brasil. Veja a lista completa AQUI .

Paranaguá, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Cascavel e Ponta Grossa foram destacadas pelo próprio relatório do IBGE entre cidades de médio porte que mais ganharam participação, ao lado de Parauapebas (PA), Manaus (AM), Saquarema (RJ), Itajaí (SC), Sorriso (MT), Jundiaí (SP) e Cuiabá (MT). Esse ponto revela que o dinamismo da economia local, com polos industriais, turísticos, de comércio internacional e agropecuários, foi determinante para a resiliência em 2020.

De acordo com Francisco José Gouveia de Castro, pesquisador do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), que é o responsável pelo cálculo do PIB dos municípios do Paraná em conjunto com a equipe técnica do IBGE, os resultados dos municípios do Interior do Estado estão diretamente relacionados à pujança do setor agropecuário.

"Naquele ano marcado pela chegada da pandemia, o setor agropecuário ajudou a economia paranaense a enfrentar as dificuldades, principalmente em função de uma boa safra de soja, realidade que não foi assistida em todo o País. Eles atravessaram a crise com maior segurança e os municípios dos outros estados enfrentaram mais dificuldades com as restrições da pandemia", afirmou.

No ano de 2020, o Valor Adicionado Bruto (VAB) da agropecuária estadual, variável que difere do PIB apenas pela não imputação dos impostos, totalizou R$ 41,4 bilhões, assegurando uma expressiva taxa real de crescimento setorial de 27,8%.

Segundo Julio Suzuki, diretor do Centro de Pesquisa do Ipardes, a conquista pelo Paraná da quarta posição no ranking das economias estaduais deriva do dinamismo dos seus municípios. "Os bons avanços dos pequenos estão ligados principalmente com o relevante peso econômico do agronegócio, sendo relevantes também os efeitos das políticas de desenvolvimento adotadas pelo governo paranaense, de caráter mais amplo e que não pararam na pandemia”, completou.

"E os grandes municípios tiveram muita capacidade de adaptação e, apesar do momento difícil, seguem sendo referências nacionais em produção de bens e consumo", complementou.

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