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Cesta básica sofre novo aumento e fica R$ 34 mais cara

O tomate e as carnes foram os verdadeiros vilões da inflação no período

Da Redação

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Cesta básica sofre novo aumento e fica R$ 34 mais cara
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Escrito por Da Redação
Publicado em 09.07.2021, 12:07:33 Editado em 09.07.2021, 12:39:19
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Uma pesquisa de preço do Núcleo de Conjuntura Econômica e Estudos Regionais (Nucer), da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) campus Apucarana, mostra que em apenas um mês, a cesta básica regional ficou R$ 34,76 mais cara.

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Conforme o levantamento, entre maio e junho deste ano, os 13 itens alimentícios mais utilizados no prato do consumidor passaram de R$ 540,16 para R$ 574,92, um aumento percentual de 6,44%. O tomate (27,40%) e as carnes (10,36%), foram os verdadeiros vilões da inflação no período Entre os itens que tiveram queda nos custos estão a banana (1,51%), seguida do óleo de soja (1,64%) e a batata (13,01%).

De acordo com a pesquisa, o valor da cesta básica regional compromete 52,3% do salário mínimo vigente de R$ 1,1 mil mensais. “O povo assalariado que paga aluguel não sobrevive, pois além dos gastos com comida, tem água, luz e outras despesas”, comenta o aposentado José da Silva, 55 anos.

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Responsável por fazer as compras da casa, Silva diz que percebeu o aumento de preço já há algum tempo, principalmente o da carne bovina. “A compra que eu fazia com R$ 200 hoje não faço com menos de R$ 500. A carne de boi nem se fala, é só para rico mesmo. Pobre está lascado, não come mais carne”, comenta.

Para complementar a renda da família, formada por ele, a filha e a esposa, Silva trabalha como frentista. “Mesmo com aposentadoria e salário vai tudo com as despesas, não consigo comprar mais nada”, reclama.

A aposentada Edelgardia Elite dos Santos, 65 anos, também reclama que o valor gasto com alimentação abocanha grande parte da sua renda e por isso optou pelas substituições.

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“O preço dos alimentos aumenta a cada dia que passa. Carne de boi mesmo não posso comprar porque é muito cara. Substituo por linguiça ou frango e em menor quantidade. Frutas e legumes antes comprava 1 kg, hoje compro meio. Não tem como comprar mais”, conta a aposentada.

Se quem tem renda garantida no fim do mês sofre com aumento dos preços, imagine quem está desempregado, como o caso da apucaranense Suelen da Silva 29 anos. Na casa dela e do marido a economia é lei e só está permitido gastar a sola de sapato para pesquisar preços na cidade. “Cada um vai em um estabelecimento e depois nos juntamos para levar a compra para a casa, para economizar combustível. Carne de boi a gente só pega quando está em oferta. Não compramos nem para a semana inteira, procuramos preço baixo para ver se economiza um pouquinho mais”, assinala.

A recepcionista Vanilza de Souza, 50 anos disse que quase não consome carne vermelha para reduzir os gastos. “Compro em menor quantidade ou faço substituições. A carne vermelha quase não consumo mais”, afirma

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Economista recomenda substituir alimentos caros

O economista Rogério Ribeiro, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) campus de Apucarana e coordenador do Nucer, recomenda o consumidor substituir alimentos caros por outros mais baratos. Como exemplo ele cita a carne bovina, que subiu 42% nos últimos 12 meses, 11% somente entre maio e junho, que pode ser substituída por carnes com preço mais barato como a de frango ou de porco, ou até por outra proteína como o ovo de galinha. Na hora da compra de alimentos como arroz e feijão a dica é pesquisar marcas com valor menor ou procurar estabelecimentos com produtos em oferta.

Em relação à pesquisa de preço, o economista orienta calcular os custos da locomoção, e não apenas os descontos oferecidos por determinado estabelecimento, para que o consumidor não saia perdendo, no fim das contas.

“O alimento está caro e isso pressiona as classes mais pobres que passam a sofrer restrição orçamentária. Então é preciso melhorar as condições salariais do brasileiro e isso é uma questão de política econômica. Não tem relação com empregador e patrão, mas sim com uma política governamental para estabilizar a economia”, analisa

Por, Cindy Santos - Jornalista do Grupo Tribuna do Norte

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