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Apucarana recebe proposta para renegociar dívida milionária

Em videoconferência realizada nesta semana, o prefeito de Apucarana, Junior da Femac, recebeu uma proposta de refinanciamento de dívidas do Município. O tema discutido foram as pendências referentes às operações bancárias denominadas “Antecipação de Recei

Da Redação

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Apucarana recebe proposta para renegociar dívida milionária
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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.03.2021, 09:48:11 Editado em 20.03.2021, 10:27:44
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Em videoconferência realizada nesta semana, o prefeito de Apucarana, Junior da Femac, recebeu uma proposta de refinanciamento de dívidas do Município. O tema discutido foram as pendências referentes às operações bancárias denominadas “Antecipação de Receita Orçamentária” (ARO), no valor de R$ 4 milhões, contratadas nos anos de 1995 e 1996 junto aos bancos Santos e Itamaraty (já extintos) e não pagas pelo ex-prefeito Valter Pegorer.

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O diálogo online teve como interlocutores o Diretor Governamental do Banco do Brasil, em Brasília, Edmar Cid Ferreira; e o gerente da agência de Apucarana do BB, Pyterson Vizzi Ávila. O prefeito esteve acompanhado do vice-prefeito Paulo Sérgio Vital; do Procurador Geral do Município, Ezílio Manchini; da Secretária da Fazenda, Sueli Pereira; e do vereador Marcos da Vila Reis.

Ao iniciar a exposição atualizada dos números o diretor do BB, Edmar Cid Ferreira, comentou que Apucarana tem “uma bomba relógio”, que pode explodir a qualquer momento, com a queda da liminar e uma sentença definitiva da causa. Ele revelou que, atualmente a dívida, com juros e correção monetária mediante taxas contratadas há 26 anos, está hoje na casa dos R$ 735 milhões.

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De acordo com o diretor do BB, o valor a vencer é de R$ 73 milhões, somado à pendência financeira de R$ 632 milhões e mais R$ 30 milhões do serviço de administração da dívida. A proposta apresentada ao prefeito Junior da Femac e ao vice-prefeito Paulo Vital, é de R$ 225 milhões, sendo R$ 46,6 milhões a vencer, R$ 177,4 milhões a serem pagos parcelados a partir de janeiro de 2022, mais R$ 1,6 milhões referentes às parcelas de janeiro a março de 2021. E, a partir de abril deste ano, a parcela seria de R$ 527 mil ao mês.

“Estamos apresentando a Apucarana os números e uma oportunidade de negociação. Os encargos do contrato antigo pelo IGP-DI e juros de 9% ao ano, seriam substituídos nos termos da Lei Complementar 173/2020, com IPCA mais 4%, com teto Selic”, explicou o diretor do BB.

O prefeito e sua assessoria jurídica ponderaram que, ao assumir o pagamento dessa dívida, a prefeitura estaria perdendo capacidade de investimento em obras e serviços. “Estamos abertos ao diálogo, e vamos estudar minuciosamente a proposta recebida”, anunciou Junior da Femac, que não descarta a possibilidade de apresentar uma contraproposta mais adequada, como forma de não inviabilizar as finanças do município.

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Junior da Femac lamenta as consequências desastrosas de gestões anteriores, que fizeram as dívidas. E, nesta semana, com a retomada da discussão com dirigentes do Banco do Brasil, o prefeito desabafou mais uma vez. “A cidade está lutando pelo seu desenvolvimento, lutando diuturnamente no enfrentamento da pandemia, e já vinha lutando há oito anos para superar dívidas herdadas de gestões temerárias, que demonstraram desleixo e irresponsabilidade com a coisa pública”, comentou.

Segundo Junior, a partir de 2013, com o ex-prefeito Beto Preto e depois com ele próprio, já foram pagos cerca de R$ 120 milhões de outras dívidas. “E ainda temos essa pendência assombrosa dos bancos Santos e Itamaraty, que nunca ninguém soube aonde foi gasto o dinheiro”, criticou.

Confira o histórico da dívida

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Após seu antecessor Valter Pegorer contratar os empréstimos junto aos bancos Santos e Itamaraty em 1995 e 1996, em 1999, o ex-prefeito Carlos Scarpelini renegociou a dívida, que saltou à época, para cerca de R$ 22,7 milhões refinanciada em 30 anos. Na sequência, com a falência dos dois bancos privados, a dívida do município passou a ter como credor o Tesouro Nacional e, como conseqüência, o Banco do Brasil assumiu o serviço de administração das pendências.

No segundo e terceiro mandatos de Pegorer, de 2201 a 2008, quase nada foi pago e a dívida chegou a R$ 32 milhões. Na época, um perito foi contratado para a elaboração de um laudo, com o qual o Município conseguiu uma liminar para paralisar o pagamento das prestações, até o julgamento do mérito da ação na justiça. No entanto, a dívida continua sendo atualizada constantemente. Em 2013, o ex-prefeito Beto Preto conseguiu manter a cobrança da dívida paralisada, sustentando a liminar.

Somente em 2020, o Banco do Brasil emitiu três notificações de cobrança do serviço de administração da dívida ao prefeito Junior da Femac. Os valores cobrados apenas pela comissão do BB já somam R$ 30 milhões. Nas três oportunidades, a prefeitura refutou o pagamento.

Junior da Femac diz que só a taxa de administração da dívida, no valor de R$ 30 milhões, cobrada pelo Banco do Brasil, seria suficiente para pagar por quase 10 anos a merenda escolar das 60 escolas e creches públicas de Apucarana.

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