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Sindicatos e servidores protestam contra reforma da Previdência em Apucarana

Centrais sindicais e servidores públicos protestaram contra a reforma da Previdência, na manhã desta quarta-feira (20), no centro de Apucarana. Os manifestantes criticam a proposta apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro que pretende instituir idades m

Da Redação

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Sindicatos e servidores protestam contra reforma da Previdência em Apucarana Foto: Delair Garcia
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Sindicatos e servidores protestam contra reforma da Previdência em Apucarana Foto: Delair Garcia
Escrito por Da Redação
Publicado em 20.02.2019, 10:10:00 Editado em 20.02.2019, 12:19:37
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Centrais sindicais e servidores públicos protestaram contra a reforma da Previdência, na manhã desta quarta-feira (20), no centro de Apucarana. Os manifestantes criticam a proposta apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro que pretende instituir idades mínimas de aposentadoria para os trabalhadores do serviço público e da iniciativa privada.

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Para o diretor do Sindicato dos Bancários de Apucarana, Emerson Gonçalves, a proposta de idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres é desinteressante para a classe trabalhadora. 

"Primeiro que estabelece teto de idade muito alto. O mercado brasileiro não tem condições de perdurar tanto um período mínimo para os trabalhadores se aposentarem", contesta.

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Gonçalves também considera perigoso sair de um padrão solidário, onde todos contribuem, para um modelo 'pessoal' onde cada um forma sua poupança. 

"Chile e Argentina têm experiência nesse modelo. Os aposentados do Chile, por exemplo, estão falidos. Naquele país a maior aposentadoria paga hoje representa 80% do salário mínimo deles. E nós não queremos esse modelo desastroso aqui para os trabalhadores do Brasil", compara. 

Segundo o diretor, é necessário um debate entre os trabalhadores e o Congresso Nacional para chegar em um modelo funcional que atenda a classe trabalhadora. 

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"Também é preciso estabelecer um modelo que inclua aqueles que são privilegiados. O alto escalão do Exército Brasileiro, por exemplo, juízes, promotores  não vão sofrer com essa reforma trabalhista", analisa.

Além do Sindicato dos Bancários de Apucarana, o protesto contou com a presença de representantes de outros sindicatos como saúde, alimentação e também servidores de Jandaia do Sul, Arapongas e Maringá. 

Sindicatos e servidores protestam contra reforma da Previdência em Apucarana
Foto por Reprodução

(Diretor do Sindicato dos Bancários de Apucarana, Emerson Gonçalves. Foto: Delair Garcia)

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Bolsonaro entrega hoje reforma da Previdência ao Congresso
Depois de mais de um mês de discussões entre as áreas econômica e política do governo, a principal proposta da área econômica foi apresentada hoje (20). Às 9h30, o presidente Jair Bolsonaro foi à Câmara dos Deputados, acompanhado de ministros, entregar a proposta de reforma da Previdência, que pretende instituir idades mínimas de aposentadoria para os trabalhadores do serviço público e da iniciativa privada.

Bolsonaro entregará o texto ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Na Casa, a proposta passará primeiramente pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), depois irá para uma comissão especial, antes de ir a plenário. Se aprovada em dois turnos por pelo menos três quintos dos deputados (308 votos), a reforma segue para o Senado.

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Durante o dia, o presidente gravará um pronunciamento explicando a necessidade de reformar a Previdência. Elaborado em conjunto pela equipe econômica e pelo gabinete presidencial, o discurso será transmitido à noite em cadeia nacional de rádio e televisão.

Explicações
O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, também participarão da cerimônia de entrega do texto. Da Câmara dos Deputados, eles irão direto para o 3º Fórum de Governadores, que ocorre nesta quarta-feira. Guedes e Marinho apresentarão a proposta para os chefes estaduais. Atualmente, sete estados estão em situação de calamidade financeira em meio a orçamentos comprometidos com a folha de pagamento e com as aposentadorias dos servidores locais.

Enquanto Guedes e Marinho estiverem explicando a proposta aos governadores, técnicos da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho detalharão todos os pontos da reforma da Previdência a jornalistas. Na semana passada, Marinho confirmou que o texto proporá a idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, com calendário de transição de 12 anos.

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Detalhes
Entre os detalhes a serem divulgados hoje estão as mudanças nas aposentadorias especiais de professores, policiais, bombeiros, trabalhadores rurais e profissionais que atuam em ambientes insalubres. Também serão informadas as propostas para regras como o acúmulo de pensões e de aposentadorias e possíveis mudanças nas renúncias fiscais para entidades filantrópicas.

Falta saber ainda como ficarão o fator previdenciário, usado para calcular o valor dos benefícios dos trabalhadores do setor privado com base na expectativa de vida, e o sistema de pontuação 86/96, soma dos anos de contribuição e idade, atualmente usado para definir o momento da aposentadoria para os trabalhadores do setor privado. Em relação aos servidores públicos, ainda não se sabe qual será a proposta para a regra de transição.

Também nesta quarta-feira, o governo informará como incluirá na proposta a mudança para o regime de capitalização, no qual cada trabalhador terá uma conta própria em que contribuirá para a aposentadoria. Atualmente, a Previdência dos setores público e privado é estruturada com base no sistema de repartição, onde o trabalhador na ativa e o empregador pagam os benefícios dos aposentados e pensionistas.

Para viabilizar a migração de regime, o governo tem de incluir um dispositivo na Constituição que autoriza o envio de um projeto de lei – complementar ou ordinária – para introduzir o novo modelo depois da aprovação da reforma. Será revelado ainda se o governo enviará o projeto para reformular a Previdência dos militares junto da PEC ou em outro momento.

Tramitação
O governo calcula que a reforma vai permitir uma economia de R$ 800 bilhões a R$ 1 trilhão nos próximos dez anos. Por se tratar de uma PEC, a reforma da Previdência precisa ser votada em dois turnos na Câmara e no Senado, com o apoio de no mínimo três quintos dos deputados e dos senadores em cada votação.

(Com Agência Brasil)

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