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Como reconciliar-se consigo e desenvolver a autocompaixão

Estamos chegando na época mais esperada do ano, principalmente após dois anos de distanciamento, hoje com a população vacinada, as famílias irão se reunir

Da Redação ·
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fonte: Pixabay\ ilustração

Estamos chegando na época mais esperada do ano, principalmente após dois anos de distanciamento, hoje com a população vacinada, as famílias irão se reunir, para presentear e estar juntos. Segundo o calendário gregoriano, essa semana comemoraremos o nascimento de Jesus, ou o Natal. Comerciantes esperam que se aqueçam as vendas e crianças para ver o Papai-Noel, quem não acredita em nada, espera a data, pois é um feriado. 

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Você já percebeu que essa data sempre trás um sentimento de amor, fraternidade e reconciliação? Inúmeros filmes, livros, obras da cultura pop tratam esse sentimento. Claro, todo esse sentimento é inspirados no nascimento de Jesus. Quero tratar nesse texto, de reconciliação. Porém, de uma perspectiva diferente: Você já pensou em reconciliar-se com você mesmo?

Vivemos em uma sociedade extremamente competitiva, tudo retroalimenta isso. Não basta apenas se sentir bem, queremos nos sentir únicos, exclusivos, os melhores. Mas, quase sempre, esse sentimento não se realiza. Você pode ser um exímio Administrador, mas pode não ser o cara que ganha todas as maratonas que participa, por exemplo. Isso nos leva a dois problemas, primeiro, ser competitivo onde não existe competição, muitas vezes desmerecendo ainda que mentalmente, nosso oponente; segundo, subimos a régua conosco em todas as áreas. Não conseguindo nos satisfazer, nos tratamos mal e perdemos a auto compaixão.

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Quando nos comparamos muito com outros, algumas vezes para ter o sentimento de sermos os melhores, precisamos que o outro seja pior. Esse efeito é chamado de “comparação social descendente”. Esse desejo de ser superior é alimentado pelo processo de autocrítica elevada, que mais uma vez nos leva a falta de autocompaixão. O sentimento de raiva que vem do processo de comparação, raiva essa que na grande maioria das vezes é direcionada a si próprio, dá uma falsa sensação de poder, fortalecendo ainda mais o gatilho de continuar com esse processo nada positivo de comparação e autocrítica.

Uma boa maneira de entender se você precisa desenvolver a autocompaixao, é prestar atenção nos seus diálogos internos. Quando você fala consigo, o dialogo é suave, com tons de amenizar algum sentimento? Ou você sempre se xinga, se trata mal? Se algum amigo comete um deslize, com certeza você o perdoa e faz tudo para que ele siga em frente, mas e quando você comete uma falta parecida, a atitude é a mesma?

As perguntas do parágrafo acima, servem como termômetro para que você saiba como está se tratando. Se o termômetro acendeu a luz vermelha, está na hora de para de se tratar sem compaixão. Pesquisas lideradas pela pesquisadora da Universidade do Texas, Kristin Neff, diz que quando você começa a se tratar com um tom mais ameno, você começa a liberar ocitocina (hormônio do bem estar). Você é a única pessoa da sua vida disponível 24 horas por dia, então, nada mais justo que você fornece a você mesmo uma fonte de cuidado e bondade.

Aproveite esse clima de natal e a renovação que um ano novo lhe dá. Reconcilie-se consigo mesmo, crie como meta ter mais autocompaixão. Você perceberá que mudando isso, a relação que você tem com outros também mudará, positivamente, é claro. Celebre a experiência de estar vivo neste planeta, com toda a complexidade que a vida humana exige.

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