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ATUALIZADA - Rocha Loures, ex-assessor de Temer, é preso em Brasília

MÔNICA BERGAMO, LAÍS ALEGRETTI E LETÍCIA CASADO SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em mais um capítulo da crise que ameaça o governo, o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor do presidente Michel Temer, foi preso na manh

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.06.2017, 13:25:06 Editado em 03.06.2017, 13:25:08
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MÔNICA BERGAMO, LAÍS ALEGRETTI E LETÍCIA CASADO

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SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em mais um capítulo da crise que ameaça o governo, o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor do presidente Michel Temer, foi preso na manhã deste sábado (3) em Brasília por decisão do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal).

Policiais federais estiveram nas primeiras horas da manhã na casa do ex-assessor de Temer, no Lago Sul, região nobre da capital federal.

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Ele estava na companhia da mulher, que está grávida. A prisão foi antecipada pela coluna Mônica Bergamo.

Loures é apontado como responsável por receber uma mala com R$ 500 mil de propina da JBS. No pedido de prisão, a Procuradoria-Geral da República classifica o ex-deputado como um "verdadeiro longa manus" de Temer --expressão latina que designa alguém que executa tarefas a mando de outro.

"Vale ressaltar que o envolvimento de Rodrigo Santos da Rocha Loures nos fatos relativos ao inquérito [...] se deu na condição de homem de 'total confiança' --verdadeiro longa manus-- do presidente da República Michel Miguel Elias Temer Lulia", escreveu o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

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Um pedido de prisão anterior havia sido negado por Fachin sob a alegação de que Loures era deputado (nesse caso, é necessário que a prisão seja em flagrante).

O ex-assessor de Temer, que é suplente de deputado, deixou o cargo na Câmara após o retorno de Osmar Serraglio (PMDB-PR), exonerado do Ministério da Justiça. Na decisão de sexta (2), Fachin entendeu que, como Loures perdeu o foro privilegiado, não havia mais impedimento à prisão.

Fachin passou a sexta-feira em uma audiência no tribunal e só depois das 18h conseguiu se debruçar sobre o material. Já passava de 22h quando assinou o pedido de prisão e o encaminhou à secretaria judiciária do STF.

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Loures foi filmado correndo com a mala de dinheiro em São Paulo, após ter sido indicado por Temer para tratar de interesses da empresa em conversa com um dos donos da JBS, Joesley Batista.

Para Cezar Bitencourt, advogado de Loures, não há sentido em prender o ex-assessor. A defesa diz que está "indignada", por entender que a Justiça nem sequer analisou os argumentos apresentados contra a detenção.

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O ex-assessor de Temer foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Ele deve ser transferido para o presídio da Papuda. Nos bastidores, há uma expectativa de que Loures possa negociar um acordo de delação premiada, algo que preocupa o Palácio do Planalto.

Bitencourt não descarta essa possibilidade, mas tem dito que estuda outras alternativas, como pedir a anulação da delação da JBS.

O advogado diz que há um interrogatório marcado pra segunda-feira (5), mas que a orientação é para que seu cliente fique em silêncio. "Está preso, não precisa falar."

Batista gravou quatro conversas --duas com Rocha Loures, uma com o presidente Temer e outra com o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG)-- e apresentou o material à Procuradoria a fim de negociar delação.

Depois da gravação, Loures foi alvo de ação controlada da Polícia Federal e filmado recebendo a mala de dinheiro. O ex-deputado devolveu os recursos às autoridades na semana passada.

Para Bitencourt, o material produzido na ação da PF é questionável porque foi gerado a partir de um ato ilícito, a gravação secreta: "É uma prova derivada, fruto da árvore envenenada. O resto é ilegal também".

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