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Investigação contra o MEC

Delegado que prendeu ex-ministro Milton Ribeiro é exonerado da PF

O delegado Bruno Calandrini atuava no setor da Polícia Federal (PF) que investiga políticos

Da Redação

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Embora o delegado tenha sido exonerado, ele continuará à frente das investigações sobre suspeitas de fraudes no MEC
Icone Camera Foto por Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Embora o delegado tenha sido exonerado, ele continuará à frente das investigações sobre suspeitas de fraudes no MEC
Escrito por Da Redação
Publicado em 29.06.2022, 11:27:15 Editado em 29.06.2022, 11:27:12
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O chefe do inquérito que apura suposto tráfico de influência no Ministério da Educação e Cultura (MEC) e responsável pela prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, delegado Bruno Calandrini, foi exonerado da Polícia Federal (PF). Calandrini atuava no setor da PF responsável pela investigação de políticos.

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De acordo com a corporação, o próprio delegado pediu, em maio, para deixar o cargo que ocupava na Coordenação de Inquérito nos Tribunais Superiores. Apesar disso, ele deve continuar à frente das investigações sobre suspeitas de fraudes no MEC.

A troca foi formalizada no dia 16 de junho, antes da operação que prendeu o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, de acordo com a PF.

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Segundo a Polícia Federal, Bruno Calandrini vai agora coordenar a Unidade Especial de Investigação de Crimes Cibernéticos “presidindo trabalhos investigativos sensíveis daquela unidade”.

Calandrini havia denunciado a colegas da PF, em mensagem interna, que sofreu interferência na execução da operação em que o ex-ministro foi preso.

Segundo o delegado, houve “decisão superior” para que Ribeiro não fosse transferido para Brasília, conforme determinação judicial emitida na quarta-feira por um juiz federal.

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Em razão da "decisão superior", escreveu o delegado, ele deixou de ter "autonomia investigativa e administrativa para conduzir o Inquérito Policial deste caso com independência e segurança institucional".

"Falei isso ao Chefe do CINQ [Coordenação de Inquérito nos Tribunais Superiores, da Polícia Federal] ontem, após saber que, por decisão superior, não iria haver o deslocamento de Milton Ribeiro para Brasília e manterei a postura de que a investigação foi obstaculizada ao se escolher pela não transferência de Milton a Brasília à revelia da decisão judicial", escreveu o delegado na mensagem.

De acordo com o delegado, foram concedidas ao ex-ministro "honrarias não existentes na lei".

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"O principal alvo, em São Paulo, foi tratado com honrarias não existentes na lei, apesar do empenho operacional da equipe de Santos que realizou a captura de Milton Ribeiro, e estava orientada, por este subscritor, a escoltar o preso até o aeroporto em São Paulo para viagem a Brasília", escreveu.

Nota da PF

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"Após tratativas iniciadas ainda no mês de maio do corrente ano, no dia 15/6/2022 houve a movimentação formal do DPF Calandrini para a DRCC/CGFAZ/DICOR/PF, onde irá coordenar a Unidade Especial de Investigação de Crimes Cibernéticos - UEICC presidindo trabalhos investigativos sensíveis daquela unidade.

O próprio servidor manifestou interesse (ainda no mês de maio) em ser movimentado para a nova unidade, para onde irá apenas no mês de julho, permanecendo na presidência da Op. Acesso Pago (IPL do MEC) e outros inquéritos da CINQ/CGRCR/DICOR/PF.

Concomitantemente, foi procedida a movimentação de outro DPF para repor a saída do DPF Bruno Calandrini da CINQ.

Coordenação-Geral de Comunicação Social".

Com informações do G1.

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