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Equoterapia se destaca como tratamento para pessoas deficientes

Para quem não conhece parece apenas um simples passeio a cavalo, mas o método proporciona benefícios que vão muito além do lazer. A equoterapia é uma técnica que utiliza o cavalo para tratamento de reabilitação de pessoas com necessidades especiais, que d

Da Redação

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A equoterapia é uma técnica que utiliza o cavalo para tratamento de reabilitação de pessoas com necessidades especiais. Foto: José Luiz Mendes
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A equoterapia é uma técnica que utiliza o cavalo para tratamento de reabilitação de pessoas com necessidades especiais. Foto: José Luiz Mendes
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.11.2016, 21:27:00 Editado em 12.11.2016, 23:45:52
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Para quem não conhece parece apenas um simples passeio a cavalo, mas o método proporciona benefícios que vão muito além do lazer. A equoterapia é uma técnica que utiliza o cavalo para tratamento de reabilitação de pessoas com necessidades especiais, que desenvolve através da prática, avanços motores, psicológicos e emocionais. Indicada a crianças a partir dos dois ou três anos de idade, ela vem apresentando grandes melhoras a indivíduos com deficiências físicas e mentais, como paralisia ou acidentes vasculares cerebrais, com síndrome de down, autismo, esclerose, hiperatividade, depressivos e até crianças com atraso de aprendizagem. 

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Todo o resultado é obtido através do caminhar do animal que é transformado em um recurso terapêutico. O passo do cavalo estimula o equilíbrio, musculatura e postura do praticante, além de exercitar a autoestima, confiança e segurança, que reflete nos ganhos psicológicos.  Cada sessão de equoterapia dura cerca de meia hora e geralmente não ultrapassa esse período, isso porque a cada trinta minutos, o cavalo faz uma média de 3 mil passos, sendo o suficiente para o praticante receber mais de 2 mil estímulos ao sistema nervoso central. 

O fisioterapeuta especializado em equoterapia, Carlos Holonka explica que o tratamento é geralmente divido em três etapas: a equoterapia, pós terapia e o treino equestre. Na primeira parte o praticante inicia o método com a ajuda do profissional e vai evoluindo ao ponto de conseguir dominá-lo sozinho, que é quando acontece a transição para a etapa dois. Somente após isso é possível arriscar no treino equestre, onde a pessoa passa a participar de atividades de equitação, como saltos, obstáculos e enduros.  

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“Por isso a necessidade de respeitar os graus do tratamento, para que o praticante possa também se sentir seguro na sua evolução”, esclarece Holonka que também ressalta que para conquistar esses avanços são necessárias sessões periódicas de equoterapia. “É indicado pelo menos uma vez na semana”. Mas para que tudo isso dê certo é preciso também que o animal esteja de acordo com alguns requisitos, como é o caso do Chocolate, o cavalo da raça Quarto de Milha, responsável pelo tratamento das crianças atendidas pelo Holonka.  

O fisioterapeuta conta que cavalo precisa ser dócil, versátil, manter passos frequentes e ritmados, e atingir uma idade madura que o caracteriza como um animal mais tranquilo. “O chocolate começou na equoterapia aos 13 anos, hoje ele tem 19, há seis desenvolvemos juntos essas habilidades. A idade e a personalidade do animal são condições que devem ser levadas em conta”, pontua.  E como todo e qualquer tratamento há algumas contraindicações, como é o caso de pacientes cardiopatas ou com escoliose agressiva acima de 45 graus e pessoas com problemas de convulsão sem controle. "Essas são as principais, por isso a gente sempre procura um laudo do médico, que é ele quem vai dar o aval ou não", conclui Holonta.  

E é nesse sentido que a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Apucarana vem trabalhando. A entidade abraçou a ideia da equoterapia há cerca de um mês, e Holonta é responsável por desenvolver o método com os alunos. Na associação, uma equipe formada por médico, fisioterapeuta, psicólogo e fonoaudiólogo é quem apresenta o laudo que possibilita a pessoa a iniciar a pratica.  Treze alunos com idades entre dois e treze anos já fazem parte do grupo de equoterapia da Apae e estão conciliando o tratamento as suas necessidades, como é caso do Luiz Miguel de dois anos e oito meses. 

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A sua madrasta Mayara de Araújo é quem acompanha a criança nas sessões e já comemora os benefícios. "Ele teve falta de oxigenação no nascimento o que resultou em uma paralisia cerebral e desde que ele iniciou a pratica já é notável o fortalecimento muscular e equilíbrio, agora ele já consegue se manter sentado, o que antes não conseguia", relata.  Outra criança que também tem obtido ganhos com a equoterapia realizada na Apae é o Guilherme de 10 anos. A mãe dele conta que o fato gostar de animais já foi um chamariz para aderir o tratamento. 

"Ele gosta muito, no começo não queria nem descer do cavalo, então é algo que faz bem pra ele, relaxa e tranquiliza, então nesse ponto já vemos uma melhora", afirma Sara Nogueira de Almeida. 

A entidade garantiu que trazer a equoterapia para seus alunos faz parte da realização de um sonho antigo e que agora os projetos são investir na área, e quem assegura isso é o presidente da associação, Luiz Fernando Lemos. 

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"O Carlinhos (Holonka) apareceu e falou que tinha disponibilidade para a Apae e nós abraçamos a ideia na hora. Estamos com um cavalo por enquanto, mas a intenção é fazer isso crescer". 

Dependentes químicos 

A equoterapia tem sido usada ainda como tratamento para dependentes químicos. Embora não haja pesquisas científicas comprovando tais resultados, Holonka garante que há inúmeros casos que mostram sua eficiência.  De acordo com ele, a maioria dos dependente tem algum trauma emocional que justifica sua fuga nas drogas, bebidas ou até mesmo medicamentos.

Tratando esse distúrbio com a equoterapia, que trabalha a questão psicológica, diversos ganhos têm sido conquistados. "O cavalo traz mobilidade emocional e ajuda sim nesse sentido. E ele acontece principalmente em função da autoestima que a animal proporciona para o praticante", garante.

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