Uma lista das coisas que não quero para minha vida

Da Redação ·
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fonte: Pixabay

Caro leitor e leitora, como deve ter percebido, algumas vezes escrevo sobre mim, sobre coisas que gosto e não gosto, coisas que acredito e coisas que acho que deveriam mudar. Outras vezes escrevo sobre educação ou política, mas sempre em primeira pessoa, como um grande diário compartilhado com cada um de vocês. 

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Uma das minhas “profissões” é a de orientar jovens alunos a encontrarem o seu caminho, entender sua vocação e traçar o caminho para alcançar suas metas. Sei que parece meio coach demais – e esse é o nome de um dos meus cursos, mas focado na educação -, mas prefiro o termo mentoria, pois o termo mentor surgiu de uma das histórias mais famosas da Grécia Antiga, quando Mentor (nome próprio) ficou responsável por auxiliar o preparo do filho do Rei Ulysses de Ítaca que estava na Guerra de Tróia. Mentor teve que ensinar ao pequeno Telêmaco a como se portar diante de sua responsabilidade no palácio, transmitindo sabedoria e compartilhando conhecimentos, ajudando a se tornar digno do trono. 

Pensando desta forma, mesmo sem ter sido rei, Mentor auxiliava o pequeno a se encontrar, sem substituir seu pai e sempre apoiando a mãe, o que fez com Telêmaco se tornasse um grande homem e apoiasse o Rei Ulysses quando ele voltou da guerra, vinte anos depois. Mas como mentor, sempre me coloco a pensar que antes de auxiliar qualquer pessoa, devo entender o que eu quero da minha própria existência. E sabe o que é mais engraçado, caro leitor e leitora, eu ainda não sei tudo o que quero ser, pois quero ser muita coisa e, com muito esforço, sei que serei, mas sei também e, principalmente, aquilo que não quero ser. 

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Se você não sabe ainda o que quer ser, comece escrevendo em um papel aquilo que você não quer ser. Engana-se quem pensa que digo apenas sobre profissão, pois essa é apenas uma pequena parte do que somos. Falo do tipo de pessoa que não gostaria de se tornar, o que não gostaria de sentir e viver, pois a única coisa que não poderá abandonar ao longo de sua vida é quem de fato você é. Eu e você podemos até enganar duas ou três pessoas por vez, podemos até enganar multidões, mas no silêncio da noite, lá estará você esperando para encará-lo e não há como fugir. 

Sei que sempre falo isso, pareço repetitivo, mas me tornar pai abriu tantas portas onde eu sequer sabia que elas existiam. Eu posso ganhar muito dinheiro – e quero, não vou mentir -, mas se não for de uma forma que eu me orgulhe, que eu tenha prazer em contar para os meus filhos, nada valerá a pena. Eu vou morrer, caro leitor e leitora, mas existirei nas memórias de algumas pessoas, outras esquecerão de mim tão rápido quanto o meu velório, por isso, preciso realmente criar as melhores experiências para que elas sorriam quando meu nome vier à tona. 

Tenho muita coisa a fazer e sei que são coisas grandes, não porque sou bom o suficiente, mas porque eu preciso ser, não por mim, mas para aqueles que existo. Não tenho ainda todas as respostas para as perguntas que me faço, nem mesmo os planos adequados para tantas metas, mas eu sei o que não quero e é assim que começa a minha jornada, pelo que não quero ser e aos poucos encontro meu propósito. E você, caro leitor e leitora, já entendeu aquilo que não quer ser, para então buscar o aquilo que o tornará completo e feliz?

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